quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado

 

A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem

Por Débora Garofalo 

25/06/2018

Em nossos posts aqui em NOVA ESCOLA, já citamos muitas vezes as metodologias ativas. Agora vamos mergulhar mais a fundo e mostrar por que elas são tão importantes no processo de aprendizado.

O principal objetivo deste modelo de ensino é incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela construção de conhecimento.

Para o professor José Moran, da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador de mudanças na Educação, a tecnologia traz hoje integração de todos os espaços e tempos. O processo de ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada – que se mescla, hibridiza constantemente.

Metodologias Ativas

A aprendizagem baseada em problemas, project based learning (PBL), tem como propósito fazer com que os estudantes aprendam através da resolução colaborativa de desafios. Ao explorar soluções dentro de um contexto especifico de aprendizado, que pode utilizar a tecnologia e/ou outros recursos, essa metodologia incentiva a habilidade de investigar, refletir e criar perante a uma situação.

O professor atua como mediador da aprendizagem, provocando e instigando o aluno a buscar as resoluções por si só. O docente tem o papel de intermediar nos trabalhos e projetos e oferecer retorno para a reflexão sobre os caminhos tomados para a construção do conhecimento, estimulando a crítica e reflexão dos jovens.

Aprendizagem baseada em projetos

A aprendizagem baseada em projetos (que também é fundamentada na Aprendizagem baseada em Problemas) exige que os alunos coloquem a mão na massa ao propor que os alunos investiguem como chegar à resolução. Um bom exemplo disso é o movimento maker, “faça você mesmo”, que propôs nos últimos anos o resgate da aprendizagem mão na massa, trazendo o conceito “aprendendo a fazer”.

Aprendizagem entre times

A aprendizagem entre times, team based learning (TBL), tem por finalidade a formação de equipes dentro da turma, através do aprendizado que privilegia o fazer em conjunto para compartilhar ideias.

O professor pode trabalhar essa aprendizagem através de um estudo de caso ou projeto, para que os alunos resolvam os desafios de forma colaborativa. Dessa forma, eles aprendem uns com os outros, empenhando-se para formar o pensamento crítico, que é construído por meio de discussões e reflexões entre os grupos.

Sala de aula invertida

A sala de aula invertida, flipped classroom, pode ser considerada um apoio para trabalhar com as metodologias ativas, que tem como objetivo substituir a maioria das aulas expositivas por extensões da sala de aula em outros ambientes, como em casa, no transporte.

Nesse modelo, o estudante tem acesso a conteúdo de forma antecipada, podendo ser online para que o tempo em sala de aula seja otimizado, fazendo com que tenha um conhecimento prévio sobre o conteúdo a ser estudado e interaja com os colegas para realizar projetos e resolver problemas. É uma ótima maneira de fazer com que os estudantes se interesse pelas aulas e participe ativamente da construção de seu aprendizado, ao se beneficiar com um melhor planejamento de aula e com a utilização de recursos variados, como vídeos, imagens, e textos em diversos formatos. 

Para o professor José Moran, essa mescla entre sala de aula e ambientes virtuais é fundamental para abrir a escola ao mundo e, ao mesmo tempo, trazer o mundo para dentro da escola.

Benefícios de trabalhar com as metodologias ativas

São muitos os benefícios ao trazer as metodologias ativas para dentro da sala de aula. Entre os que pontuo a seguir, o principal é a transformação na forma de conceber o aprendizado, ao proporcionar que o aluno pense de maneira diferente (já ouviu falar em fora da caixa?) e resolver problemas conectando ideias que, em princípio, parecem desconectadas.


É importante investir em conteúdos atrativos e interativos, sendo essencial ter esse olhar para aprimorar os procedimentos utilizados para envolver os alunos na aprendizagem.

Para José Moran, as metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras possibilidades de mostrar sua iniciativa.

E você, querido professor, como utiliza as metodologias ativas em sala de aula? Conte aqui nos comentários e fortaleça as práticas docentes.

Débora Garofalo é professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, Formada em Letras e Pedagogia, Mestranda em Educação pela PUCSP, colunista de Tecnologias para o site da Nova Escola.

*Colaboração do Professor Doutor José Moran, realizada a partir do texto Mudando a Educação com metodologias ativas

 

Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-as-metodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado. Acesso em 02 nov 2022.


EXERCÍCIO LÚDICO - VERDADEIRO/FALSO



quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Córtex cerebral pode ser responsável por inteligência e consciência única

 


Vinicius Szafran  

09/01/2020 19h26

 

Uma equipe de pesquisadores, da Alemanha e da Grécia, identificou recentemente várias novas propriedades do cérebro humano que poderiam explicar o surgimento de nossa consciência e inteligência únicas. O estudo foi publicado na revista Science.

A parte mais complexa e movimentada do cérebro é o córtex cerebral. Dentro de suas camadas, os cientistas descobriram uma área de tecido mais espessa do que em outros animais. Nossos sujeitos de testes habituais, os roedores, têm cérebros similares aos humanos de várias maneiras, mas essa não é uma delas. Os pesquisadores observaram como a atividade cerebral se manifesta na segunda e terceira camadas corticais e o que descobriram parece confirmar que nossos neurônios individuais podem desempenhar funções que antes eram impossíveis.

Embora a natureza exata da atividade cerebral seja um mistério, temos uma compreensão bastante decente de como ela funciona. O cérebro humano é uma rede neural que envia e recebe informações de ponto a ponto, onde diferentes neurônios trabalham em diferentes partes de um problema. Quando percebemos algo, por exemplo, nosso cérebro precisa decidir se é próximo ou distante, grande ou pequeno, e assim por diante. Isso é feito abstraindo informações de vários pontos de entrada e emitindo uma resposta. 

Animais também podem realizar esses cálculos. Sabemos que os pássaros têm uma compreensão avançada da aeronáutica e muitos mamíferos podem navegar milhares de quilômetros com grande precisão. Mas, acredita-se que a maneira como os seres humanos fazem isso, consciente e subconscientemente, seja única.

No estudo, a equipe examinou mais profundamente as conexões ramificadas entre os neurônios do cérebro. Eles descobriram que neurônios individuais podem realizar cálculos que tínhamos anteriormente como resultado de vários neurônios conectados em rede.

Os pesquisadores descobriram que o cérebro humano pode modular a amplitude da atividade elétrica para aumentar a longevidade e eficácia de seus sinais. Aparentemente, isso permite que os neurônios individuais façam mais do que só descobrir se algo é uma coisa ou outra; permite que eles realizem um cálculo de XOR, algo anteriormente considerado impossível para um único neurônio.

Não está claro o que exatamente essa nova informação significa, mas é possível que o poder computacional extra, fornecido por esse truque aparentemente único do cérebro humano, possa explicar a capacidade de manifestar nossa atividade cerebral como o que percebemos como inteligência humana ou nossa própria consciência.

Precisamos de mais pesquisas para esclarecer o que a atividade elétrica recém-identificada faz, e se ela realmente é responsável pela função cerebral superior, ou mesmo exclusiva para os seres humanos. Entretanto, é um ponto interessante que poderia, potencialmente, responder à questão final de como a inteligência e a consciência humana funcionam.

 

Disponível em https://olhardigital.com.br/2020/01/09/noticias/cortex-cerebral-pode-ser-responsavel-por-inteligencia-e-consciencia-unica/. Acesso em 24 out 2022.


EXERCÍCIO LÚDICO - QUESTIONÁRIO




97% das empresas não conseguem satisfazer mais do que 60% de seus clientes - divulgação

 


https://twitter.com/gloriawosouza/status/1582785166413795329/analytics 

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

97% das empresas não conseguem satisfazer mais do que 60% de seus clientes

 


Glória W. de Oliveira Souza


Empresas que investem de 2% a 5% de sua folha de pagamento anual com treinamento de funcionários terão cerca de 10% de aumento no lucro bruto. Este é um dos dados de pesquisa utilizado por Glória Souza ao escrever o quarto volume da pentalogia sobre ‘atendimento’. Com o título Empresa e Atendimento, a autora faz uso de exercício lúdico para fixar o conteúdo do livro. Já foram publicados, dentro dessa temática, ‘Atendimento a Clientes’; ‘Atendimento & Marketing’ e ‘Atendimento & Mulher’. O quinto e último volume – em processo de finalização – será ‘Preço & Atendimento’. Os livros estão disponíveis nas modalidades impresso e ebook. Pentalogia é uma reunião temática composta por cinco ou mais volumes de um determinado trabalho artístico, podendo ser literário, teatral ou fílmico.

A maioria da produção literária de Glória Souza se encaixa na categoria de não ficção. Ela utiliza de elementos e conteúdos jornalísticos aliados a métodos semiacadêmicos para montar sua obra. E ela o faz com maestria. Adiciona atividades lúdicas para amenizar a chatice dos livros didáticos. Para tanto, cria – a partir de textos disponíveis na obra – exercícios lúdicos, como as palavras cruzadas, que acompanha o presente volume. O objetivo de Glória é, segundo ela, ajudar na fixação do conteúdo abordado e desta forma, ajudar no combate ao analfabetismo funcional, que atinge cerca de 30% dos brasileiros, incluindo estudantes do ensino superior. Segundo a autora, com esta metodologia acredita estar auxiliando o leitor na capacitação profissional e pessoal dentro da temática abordada, principalmente em momento de grande difusão das redes sociais e aperfeiçoamento tecnológico.

A preocupação da autora, além da capacitação, é fornecer elementos adicionais à leitura ao ofertar razoável lista de indicação de fontes que o leitor poderá acessar para aumentar o conhecimento sobre o tema. A lista complementa a bibliografia, já que Glória Souza faz uso, no decorrer do texto, de inúmeras fontes que podem ser confrontadas. A autora, entretanto, faz questão de não direcionar ou interferir e nem tampouco conduzir o leitor à análise dela, porque ela não deixa transparecer a sua opinião. Muito pelo contrário. Ela faz uso da técnica jornalística em sua redação e deixa para cada leitor formar a sua opinião, demonstrando, desta maneira, respeito pelo leitor. No melhor estilo paulofreiriano.

E este leitor, que pode ser um empresário ou empregado, sabe que o momento atual é de buscar atualização, já que, como a própria autora alerta, pesquisas indicam que 97% das empresas não conseguem satisfazer mais do que 60% de seus clientes, ao se referir sobre clientes que querem ter garantia de acesso e de atendimento sempre quando necessitarem. E a autora complementa que “gestores precisam saber que funcionários destreinados comprometem a imagem da empresa, diminuindo a quantidade de clientes e os lucros, gerando prejuízo ao negócio”.

Em razão da situação política e econômica que afeta atualmente o país, o livro Empresa & Atendimento vem a calhar, pois serve tanto para àqueles que estão em busca de emprego – como capacitação – bem como aos empresários que lutam para se manter num mercado incerto e altamente competitivo. É uma obra de leitura fácil, instigante por proporcionar atividade lúdica e abre um horizonte necessário e em momento oportuno. Ensina sem chatice. Diverte com responsabilidade. Contribui socialmente. Ou seja: é atual.

http://gloria-na-literatura.blogspot.com/2018/10/97-das-empresas-nao-conseguem.html