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Paul Jackson Pollock (Cody, Wyoming, 28 de janeiro de 1912 — Springs, 11 de agosto de 1956), conhecido
profissionalmente como Jackson
Pollock, foi um pintor norte-americano e
referência no movimento do expressionismo abstrato. Ele se tornou
conhecido por seu estilo único de pintura por gotejamento.
Durante sua vida, Pollock gozou de fama e notoriedade consideráveis; ele foi um grande artista de sua geração. Considerado recluso, ele tinha uma personalidade volátil e lutou contra o alcoolismo durante a maior parte de sua vida.
Pollock morreu aos 44 anos em um acidente de carro em que dirigia
alcoolizado. Em dezembro de 1986, trinta anos e quatro meses após sua morte,
Pollock recebeu uma exibição retrospectiva memorial
no Museum of Modern Art (MoMA)
na cidade de Nova Iorque. Uma exposição maior e mais
abrangente de seu trabalho foi realizada em 1967. Em 1998 e 1999, seu trabalho
foi homenageado com exposições retrospectivas em larga escala no MoMA e
no Tate em Londres.
Biografia: infância e educação
Paul Jackson
Pollock nasceu em Cody, no estado de Wyoming,
em 1912, o mais novo de cinco filhos. Seus pais, Stella May (née McClure)
e LeRoy Pollock, nasceram e cresceram em Tingley, Iowa.
Seu pai havia nascido com o sobrenome McCoy, mas usava o sobrenome de seus pais
adotivos, vizinhos que o adotaram depois que seus pais biológicos morreram um
ano após o outro. Stella e LeRoy Pollock eram presbiterianos; eles eram
descendentes de irlandeses e escoceses-irlandeses, respectivamente.
LeRoy
Pollock era agricultor e, posteriormente, agrimensor do governo, mudando-se de
cidade em cidade em diferentes empregos. Stella, tecelã como seus
familiares, fabricava e vendia vestidos quando era adolescente. Em novembro de
1912, Stella levou seus filhos para San Diego;
Jackson tinha apenas 10 meses e nunca mais retornaria a Cody. Posteriormente, ele cresceu no Arizona e Chico, Califórnia.
Enquanto
morava em Echo Park, Califórnia,
matriculou-se na Manual Arts
High School de Los Angeles, da qual foi expulso. Ele já havia sido
expulso em 1928 de outra escola. Durante sua infância, Pollock explorou a
cultura nativa americana enquanto
fazia pesquisas com seu pai.
Em 1930,
seguindo seu irmão mais velho Charles Pollock, mudou-se para Nova York, onde
ambos estudaram com Thomas Hart Benton na Art Students League. A temática rural americana
de Benton teve pouca influência no trabalho de Pollock, mas seu uso rítmico da
tinta e sua independência feroz foram mais duradouros. No início dos anos
30, Pollock passou um verão em turnê pelo oeste dos Estados
Unidos, juntamente com Glen Rounds, um colega
artista, e Benton, seu professor.
Carreira
(1936-1954)
Pollock foi
apresentado ao uso de tinta líquida em 1936 em uma oficina experimental
em Nova York pelo muralista mexicano David Alfaro Siqueiros. Mais tarde, ele
usou o derramamento de tinta como uma das várias técnicas em telas do início
dos anos 1940, como Male and Female e Composition with
Pouring I. Após sua mudança para Springs, ele começou a pintar com as telas
dispostas no chão do estúdio e desenvolveu o que mais tarde foi chamado de
técnica de "gotejamento" (dripping).
De 1938 a
1942, Pollock trabalhou no Federal Art Project da Works Progress Administration. Durante
esse tempo, Pollock estava tentando lidar com seu alcoolismo;
de 1938 a 1941, ele passou por psicoterapia junguiana com
o Dr. Joseph Henderson e mais tarde com a Dra. Violet Staub de Laszlo em
1941–42. Henderson o envolveu em sua arte, incentivando Pollock a fazer
desenhos; conceitos e arquétipos junguianos foram expressos em suas
pinturas. Foi levantada a hipótese de que Pollock poderia ter tido transtorno bipolar.
Pollock
assinou um contrato com Peggy
Guggenheim em julho de 1943. Ele recebeu a encomenda de criar
um Mural (1943) de 2,43 x 6,04m para a entrada da nova casa
dela. Por sugestão de seu amigo Marcel
Duchamp, Pollock pintou o trabalho sobre tela, e não sobre a parede,
para que fosse portátil. Depois de ver o grande mural, o crítico de arte Clement
Greenberg escreveu: "Dei uma olhada e pensei: 'Isso sim é
arte extraordinária", e soube que Jackson era o maior pintor que este país
já produziu". A introdução de sua primeira exposição descreveu o talento
de Pollock como "... vulcânico. Tem fogo. É imprevisível. É
indisciplinado. Ele se derrama em uma prodigalidade mineral, ainda não
cristalizada".
Drip painting
Pollock
desenvolveu uma técnica de pintura criada por Max Ernst,
o dripping (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre suas
imensas telas: os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se
na superfície da tela. Pollock foi muito importante para o dripping;
o quadro "One" (1950) é um exemplo dessa técnica. Pintava com a tela
colocada no chão para se sentir dentro do quadro. Pollock partia do zero: do
pingo de tinta que deixava cair na tela elaborava uma obra de arte.
Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não usava pincéis.
Pollock empregou essa técnica entre 1947 e 1950. Ficou famoso após uma
publicação de quatro páginas de 8 de agosto de 1949 na revista Life,
que perguntou: "Este é o maior pintor vivo dos Estados Unidos?" No
auge de sua fama, Pollock abandonou abruptamente o estilo de gotejamento.
A arte de
Pollock combina a simplicidade com a pintura pura e suas obras de maiores
dimensões possuem características monumentais que exemplificam o seu estilo.
Com Pollock, há o auge da pintura de ação (action painting). A tensão
ético-religiosa por ele vivida o impele aos pintores da Revolução mexicana. Sua esfera da arte é o
inconsciente: seus signos são um prolongamento do seu interior. Apesar de ter
seu trabalho reconhecido e com exposições por vários países do mundo, Pollock
nunca saiu dos Estados Unidos.
Relacionamento com Lee Krasner
Pollock
e Lee Krasner se
conheceram quando ambos exibiam na McMillen Gallery em 1942. Krasner não estava
familiarizada com Pollock, mas estava intrigada com o trabalho dele e foi ao
seu apartamento, sem aviso prévio, para encontrá-lo após a galeria. Em
outubro de 1945, Pollock e Lee Krasner se casaram em uma igreja, com duas
testemunhas presentes no evento. Em novembro, eles se mudaram da cidade
para a área de Springs, em East Hampton, na costa sul de Long Island.
Com a ajuda de um empréstimo de Peggy
Guggenheim, eles compraram uma casa com estrutura de madeira e um
celeiro na 830 Springs Fireplace Road. Pollock transformou o celeiro em um
estúdio. Nesse espaço, ele aperfeiçoou sua técnica de "gotejamento"
de tinta, com a qual ele se identificaria permanentemente. Quando o casal não
estava trabalhando, passava o tempo juntos cozinhando, trabalhando em casa e no
jardim e recebendo amigos.
A influência
de Krasner na arte de seu marido foi algo que os críticos começaram a reavaliar
na segunda metade da década de
1960, devido à ascensão do feminismo na
época. O amplo conhecimento e treinamento de Krasner em arte e técnicas
modernas a ajudaram a atualizar Pollock com o que deveria ser a arte
contemporânea. Considera-se frequentemente que Krasner apresentou a seu marido
os princípios dominantes da pintura modernista. Pollock foi então capaz de
mudar seu estilo para se ajustar a um gênero mais organizado e cosmopolita de
arte moderna, e Krasner se tornou a única juíza em quem ele podia confiar.
No início do
casamento dos dois artistas, Pollock confiava nas opiniões de seus colegas
sobre o que funcionava e o que não funcionava em suas peças. Krasner
também foi responsável por apresentá-lo a muitos colecionadores, críticos e artistas,
incluindo Herbert Matter, que ajudaria a continuar sua
carreira como artista emergente. John Bernard Myers, um
notável negociante de arte, já foi citado como tendo dito: "nunca haveria
um Jackson Pollock sem uma Lee Pollock",
enquanto o colega pintor Fritz Bultman se
referia a Pollock como a "criação de Krasner, seu Frankenstein",
ambos reconhecendo o imenso impacto que Krasner teve na carreira de Pollock.
A influência
de Jackson Pollock nas obras de arte de sua esposa é frequentemente discutida
pelos historiadores da arte. Muitas pessoas pensaram que Krasner começou a
reproduzir e reinterpretar os respingos caóticos de tinta de seu marido em seu
próprio trabalho. Existem vários relatos em que Krasner pretendia usar sua
própria intuição, como uma maneira de avançar para a técnica "eu sou a
natureza" de Pollock, a fim de reproduzir a natureza em sua arte. O
maior desafio de Krasner como artista era estabelecer uma separação entre ela e
o marido que não fosse estritamente a alteridade de uma mulher.
Anos finais e morte
Em 1955,
Pollock pintou Scent e Search, seus dois últimos
quadros. Ele não pintou em 1956, mas fez esculturas na casa de Tony Smith:
construções de arame, gaze e gesso. Moldadas em areia, as esculturas
possuem superfícies texturizadas semelhantes às que Pollock muitas vezes criava
em suas pinturas.
O
relacionamento de Pollock e Krasner começou a se desfazer em 1956, devido ao
contínuo alcoolismo e infidelidade de Pollock envolvendo Ruth Kligman.
Em 11 de agosto de 1956, às 22h15, Pollock morreu em um acidente de carro no
seu conversível Oldsmobile enquanto dirigia sob a influência do álcool. Na
época Krasner estava visitando amigos na Europa e
ela voltou abruptamente ao ouvir a notícia de um amigo. Uma das
passageiras, Edith Metzger, também
morreu no acidente, que ocorreu a menos de uma milha da casa de Pollock. A
outra passageira, Ruth Kligman, artista e amante de Pollock,
sobreviveu. Em dezembro de 1956, quatro meses após sua morte, Pollock
recebeu uma exposição retrospectiva memorável no Museu de Arte Moderna (MoMA),
em Nova York.
Uma exposição maior e mais abrangente de seu trabalho foi realizada em 1967. Em
1998 e 1999, seu trabalho foi homenageado com exposições retrospectivas em
larga escala no MoMA e na Tate em Londres.
Pelo resto da vida, sua viúva Lee Krasner
administrou sua propriedade e garantiu que a reputação de Pollock permanecesse
forte, apesar das mudanças nas tendências mundiais da arte. O casal está
enterrado no Green River Cemetery, em Springs, com uma pedra grande marcando
sua sepultura e outra menor, a dela.
Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jackson_Pollock.
Acesso em 02 set 2022.
EXERCÍCIO LÚDICO - VERDADEIRO/FALSO